Muqtada al-Sadr – líder do movimento sadrista no Iraque – reivindicou nesta quarta-feira (3) a dissolução do parlamento e eleições antecipadas. Seu pronunciamento à televisão contou com um chamado a apoiadores para manter o protesto sit-in no legislativo, pelo quinto dia seguido, até que suas demandas sejam cumpridas.
Al-Sadr insistiu não ter decidido sobre candidatura própria à câmara: “Não busco autoridade e não ganho nada com isso; peço apenas reformas. Alegações maliciosas obstruíram a formação de um governo de maioria; portanto, não há benefício em dialogar com as partes”.
Al-Sadr reiterou ainda que não deseja derramamento de sangue, mas advertiu que o povo iraquiano está “cansado” da elite governante.
O líder populista acusou o ex-premiê Nouri al-Maliki – sem identificá-lo nominalmente – de tentar matá-lo, segundo vazamentos recentes, e sugeriu que o judiciário iraquiano absolveu indivíduos envolvidos em casos graves de corrupção.
Autoridades iraquianas se reuniram nos últimos dias para debater maneiras de superar o impasse político que assola o país. Contudo, sem resultado.
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