Em discurso proferido durante a 10ª conferência para análise do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP), na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, Ibrahim al-Dai, segundo secretário da missão kuwaitiana no fórum internacional, insistiu que seu país considera livrar o Oriente Médio de armas nucleares como fundamental para obter segurança e estabilidade em toda a região.
Segundo al-Dai, é necessário que todos os países do Oriente Médio assintam com os termos das conferências anteriores – em 1995, 2000 e 2010. Para tanto, o diplomata kuwaitiano reafirmou que Israel deve aderir ao pacto internacional.
“O compromisso dos estados não nucleares, signatários do acordo, a sua não proliferação militar, é melhor prova de que tais estados creem nos perigos representados pelas armas atômicas”, destacou al-Dai.
O diplomata também reiterou a importância de tornar o pacto universal e fez um apelo a estados alheios a aquiescer com as restrições acordadas o mais breve possível.
Al-Dai observou que o Kuwait contribuiu com esforços que levaram países árabes a adotar uma resolução de 1955 para estabelecer uma zona livre de armamentos atômicos e outras armas de destruição em massa no Oriente Médio.
Segundo a imprensa estatal kuwaitiana, o diplomata aludiu à necessidade de “submeter todas as instalações atômicas e programas concernentes às salvaguardas abrangentes do sistema da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA)”.
“Israel, como potência ocupante, deve juntar-se ao Tratado de Não Proliferação; em particular, dado o fato de que é o único país da região a não assiná-lo, ao obstruir assim a implementação de uma zona livre de tais armamentos”, acrescentou al-Dai.
Al-Dai insistiu que a conquista de um Oriente Médio seguro e estável “não decorre da posse de armas nucleares ou quaisquer outras armas de destruição em massa”.
Na última quinta-feira (4), o Kuwait reafirmou na ONU sua posição em favor da total proibição da posse de armas nucleares, ao reivindicar esforços conjuntos para empregar a tecnologia de modo pacífico, sobretudo para fins energéticos.
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