A embaixada russa no Egito condenou na terça-feira (9) o Primeiro-Ministro de Israel Yair Lapid, ao acusá-lo de hipocrisia por atacar a Faixa de Gaza sitiada enquanto denuncia supostos crimes de Moscou cometidos na Ucrânia.
“Comparemos as mentiras de Lapid proferidas em abril – quando tentou culpar a Rússia após a morte de pessoas em Bucha, assassinadas de maneira selvagem por nazistas ucranianos – com seu chamado de agosto para bombardear a Faixa de Gaza”, observou a embaixada no Twitter. “Não se trata de dupla moral e absoluto desdém pelas vidas palestinas?”
A postagem incluiu uma captura de tela de uma mensagem publicada na página de Lapid, na qual o então chanceler comentou: “É impossível permanecer indiferente diante das imagens hediondas em Bucha, perto de Kiev, após a saída do exército russo. Ferir deliberadamente a população civil equivale a crime de guerra e repudio veementemente tais ações”.
https://twitter.com/Rusembegypt/status/1556980385950703616?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1556980385950703616%7Ctwgr%5E65326723e21beea1f9fee6e9c1344b1d238be9db%7Ctwcon%5Es1_&ref_url=https%3A%2F%2Fwww.middleeastmonitor.com%2F20220811-russia-israel-pm-disregards-the-lives-of-palestinians%2F
A mensagem de Lapid sucedeu relatos de que as tropas invasoras da Rússia haviam matado mais de 1.300 civis durante sua passagem por Bucha. O Kremlin nega as acusações.
Durante os três dias da mais recente ofensiva israelense contra a Faixa de Gaza sitiada, lançada na sexta-feira (5), ao menos 47 palestinos foram mortos – incluindo 15 crianças – e 365 ficaram feridos.
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