Israel admitiu responsabilidade pela morte de cinco crianças palestinas durante um ataque aéreo contra o cemitério de Fallujah, na aldeia de Jabalia, norte da Faixa de Gaza.
A princípio, autoridades da ocupação alegaram que as mortes foram causadas por um míssil disparado pelo movimento de Jihad Islâmica.
“Oficiais de defesa confirmaram que Israel foi responsável pela morte de cinco menores no último dia das recentes hostilidades com a Jihad Islâmica, neste mês”, reportou nesta terça-feira (16) o jornal israelense Haaretz.
“Um inquérito militar sobre o incidente, que ocorreu em 7 de agosto, no cemitério de Fallujah, leste de Jabalia, concluiu que os menores em questão foram mortos por um ataque israelense, corroboraram diversas fontes de defesa”, acrescentou a reportagem.
“Logo após suas mortes, oficiais de alto escalão afirmaram que os cinco menores foram provavelmente mortos por ‘fogo amigo’ da Jihad Islâmica”, contestou a notícia.
Por outro lado, um inquérito militar conduzido em paralelo concluiu que um incidente no dia anterior – que deixou oito palestinos mortos, todos civis, incluindo crianças – emanou de um “foguete da Jihad Islâmica”.
Apesar dos relatos testemunhais, Israel rapidamente introduziu “evidências” para indicar que as vítimas foram mortas pelo grupo de resistência. Ran Kochav, porta-voz do exército sionista, afirmou: “Não conduzimos ataques aéreos na área ou áreas urbanas, na ocasião”.
As cinco vítimas de Fallujah foram identificadas como Jamil Al-Din Nijm (3), Jamil Ihab Nijm (13), Mohammad Salah Nijm (16), Hamed Haidar Nijm (16) e Nathmi Abu Karsh (15).
Ao longo dos três dias de bombardeio contra a Gaza, entre 5 e 7 de agosto, as forças israelenses deixaram ao menos 49 mortos – dentre os quais, dezessete menores e quatro mulheres –, além de 360 feridos.
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