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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Objetivo de Israel é ‘apartheid’ ou ‘erradicação’, alerta ex-coronel americano

Protesto contra o apartheid israelense na Palestina ocupada, em 15 de maio de 2021 [Wojtek Radwanski/AFP/Getty Images]

O objetivo de Israel é alguma modalidade de apartheid ou erradicação da Palestina, advertiu o coronel da reserva Lawrence Wilkerson, ex-chefe de gabinete do falecido Secretário de Estado dos Estados Unidos Colin Powell, em entrevista com Zain Raza, repórter da rede independente AcTVism Munich.

Após desligar-se do governo, o militar de 77 anos se tornou um crítico contumaz da política externa de Washington, sobretudo em relação ao Oriente Médio.

Questionado sobre a “meta para Israel”, Wilkerson recordou da ofensiva militar contra a Faixa de Gaza conduzida por Israel entre 2008 e 2009. Denominado “Operação Chumbo Fundido”, o massacre deixou 1.383 palestinos mortos, incluindo 333 crianças.

Wilkerson mencionou um diálogo com um soldado israelense que participou do ataque: “Tive um estudante na Universidade George Washington que esteve nas Forças de Defesa de Israel. Durante um encaminhamento a seu batalhão, foi dito que a tarefa era matar todo palestino a vista, não importa o quê ou quem fossem. Era preciso ensinar uma lição a Gaza”.

LEIA: ‘Israel é um estado de apartheid – legal, politica e moralmente’, conclui conferência histórica

Wilkerson então expressou suas opiniões sobre os crimes cometidos por Tel Aviv: “Aquele era o procedimento padrão, é precisamente o que fazem desde o princípio. Se dispararem sequer um foguete, vamos exterminar 1.300 pessoas – homens mulheres e crianças, pouco importa. Quem sabe, matem dois ou três de nós. Vivemos bem com essa estatística”.

Conforme o militar, o objetivo de Israel é a “erradicação” do povo palestino. “Estou convencido que sua meta é erradicação ou apartheid. Estão muito, muito perto de impor seu apartheid em toda a região. Já há um apartheid na Cisjordânia e, em certo ponto, em Jerusalém”.

Wilkerson descreveu a situação em Gaza como “caso especial de apartheid”.

“Tudo lhes pertence: nós apenas vamos mantê-los no lugar; não deixaremos que façam nada e entraremos de tempos em tempos para matar vocês”, narrou o ex-coronel. “É particularmente assim caso agentes do Hamas, da Jihad Islâmica ou de quem quer seja façam algo”.

“O termo erradicação, quem sabe, simplesmente não basta”, concluiu o militar.

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