Escritor israelense lança campanha contra modelo Bella Hadid

Um escritor israelense lançou uma campanha publicitária contra a modelo palestino-americana Bella Hadid, para tentar difamá-la por sua solidariedade aos palestinos sob ocupação. Hadid, de 25 anos, fala frequentemente de suas raízes palestinas.

Seu pai, o empresário Mohamed Hadid, nasceu na cidade de Nazaré em 1948 – mesmo ano em que ocorreu a Nakba, ou “catástrofe”, sob a qual foi criado o Estado de Israel mediante limpeza étnica planejada.

“Hadid alimenta o ódio e antissemitismo contra os israelenses e recebe amplo apoio entre os palestinos que apoiam suas posições contrárias a Israel”, alegou Anibal Hayat no jornal Israel Hayom. Segundo Hayat, ativistas da campanha de Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS) veem Hadid como exemplo por “atacar” Israel.

O artigo publicado em hebraico foi traduzido pela rede de notícias Arab21.

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“Hadid costuma se vangloriar de seu pai palestino, Muhamed, duro crítico de Israel”, insistiu Hayat. Não obstante, segundo o texto, a modelo pagou o preço pessoal e profissionalmente, dado que muitas empresas deixaram de contratá-la devido a seu ativismo.

Hadid costuma ser atacada por lideranças sionistas no Ocidente; no entanto, reafirma que seu objetivo é conceder apoio a seus “irmãos e irmãs palestinos” sob a ocupação israelense.

O texto de Hayat vincula equivocadamente antissionismo e antissemitismo: o primeiro refere-se a críticas legítimas ao Estado de Israel e seu projeto colonizatório; o segundo, à perseguição e discriminação antijudaica.

Recentemente, mesmo o Presidente dos Estados Unidos Joe Biden reiterou: “Não é necessário ser judeu para ser sionista”. Portanto, nem todos os judeus são sionistas ou vice-versa. Muitos judeus se opõem ao regime de apartheid.

Bella Hadid possui 42 milhões de seguidores no Instagram e centenas de milhares em outras redes sociais. Suas postagens costumam citar sua família – expulsa da Palestina histórica em 1948 e exilada na Síria, Líbano, Tunísia e então Estados Unidos.

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