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Exportações de petróleo do Irã podem decolar com a China, segundo analista

Petroleiro iraniano ancorado na refinaria de El Palito após chegar em Puerto Cabello, norte da Venezuela, em 25 de maio de 2020 [AFP via Getty Images]

O Irã aumentou suas exportações de petróleo em junho e julho e podem elevar ainda mais seus ganhos ao oferecer um desconto considerável a seu principal comprador, a China, sobre o custo dos insumos russos, reportaram empresas de monitoramento, segundo a agência Reuters.

Durante o governo de Joe Biden, apesar das sanções impostas por Washington, o Irã aumentou suas exportações de petróleo, principalmente com destino a China. As remessas, entretanto, se desaceleraram devido à competição com petróleo cru exportado por Moscou.

“Teerã está exportando mais desde o advento da nova gestão nos Estados Unidos, incluindo petróleo, derivados e bens petroquímicos”, alertou Sara Vakhshouri, consultora do mercado energético para a empresa SVB International.

Embora a carestia do petróleo tenha reduzido a pressão para assinar um novo acordo nuclear, caso as negociações para tanto sejam bem-sucedidas, o Irã poderá ampliar seu mercado para além da China, incluindo antigos compradores como Coreia do Sul e Europa.

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Não obstante, o ministério responsável em Teerã não comentou os relatos até então.

As exportações para China podem se recuperar em agosto, ao passo que diminui a vantagem de preço de Moscou, dada a queda na demanda europeia como decorrência da invasão da Ucrânia, comentou Emma Li, consultora da Vorteza Analytics.

“O petróleo cru iraniano enfrentou forte concorrência de insumos russos em julho, à medida que barris não-sancionados receberam descontos semelhantes”, acrescentou Li. “Contudo, à medida que a diferença de preço diminui, refinarias chinesas podem recorrer aos barris mais baratos de Teerã”.

Ao importar insumos russos e iranianos sob vasto desconto, a China deu um passo além para fortalecer sua economia perante o Ocidente, que enfrenta carestia ao buscar alternativas no Oriente Médio, no continente africano e em novas fontes nos Estados Unidos.

Questionada pela Reuters, a chancelaria chinesa alegou não ter detalhes sobre o fluxo de petróleo iraniano, mas insistiu objetar as sanções da Casa Branca.

“A China mantém comércio normal com Irã e Rússia em diversas áreas, incluindo petróleo”, declarou um porta-voz. “Esta cooperação legítima merece respeito e salvaguarda”.

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