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Regime sírio é responsável por ataque químico em Ghouta, reafirmam EUA

22 de agosto de 2022, às 13h03

Criança síria recebe tratamento médico após ataque químico conduzido por forças do regime de Bashar al-Assad contra Ghouta Oriental, na Síria, em 7 de março de 2018 [Dia Al Din Samout/Agência Anadolu]

Os Estados Unidos reiteraram que governo sírio de Bashar al-Assad é responsável pelo ataque com armas químicas realizado contra comunidades civis em Ghouta Oriental, que matou mais de 1.400 pessoas, incluindo muitas crianças.

Washington voltou a reivindicar que Assad declare e destrua todo seu programa de armas de destruição em massa, conforme determinações internacionais, e permita que uma delegação da Organização para Proibição das Armas Químicas (OPAQ) entre no país e analise a situação.

Ned Price, porta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos, recordou o massacre em uma nota divulgada neste domingo (21): “Nove anos atrás, no início da manhã de 21 de agosto de 2012, o regime de Assad lançou gás sarin – que afeta o sistema nervoso – contra residentes civis no distrito de Ghouta, em Damasco”.

“Hoje, recordamos do horror persistente desta tragédia e reforçamos nosso compromisso na busca por justiça”, reafirmou Price. “Os Estados Unidos se lembram e honram as vítimas e os sobreviventes do atentado contra Ghouta e outros ataques químicos lançados por Assad”.

LEIA: Guerra na Síria matou 86 civis – 21 crianças – em julho, segundo relatório

Price enfatizou: “Os Estados Unidos apoiam veementemente esforços sírios e internacionais para buscar justiça para as inúmeras atrocidades conduzidas contra o povo da Síria, algumas equivalentes a crimes de guerra e lesa-humanidade. Reiteramos também nosso apoio a uma solução política inclusiva ao conflito na Síria, de acordo com a resolução 2254 aprovada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas”

“Condenamos nos termos mais contundentes qualquer uso de armas químicas, em qualquer lugar, por qualquer parte e em qualquer circunstância”, concluiu o porta-voz de Washington. “Não pode haver impunidade para aqueles que adotam armas químicas. Utilizamos todas as ferramentas disponíveis para promover justiça a tais ataques”.

O nono aniversário do massacre – ainda impune – coincide com esforços de regimes árabes para normalizar laços com o regime de Assad.

A reaproximação foi repudiada por ativistas e opositores, que acusam a comunidade internacional de lavar as mãos sobre uma das maiores chacinas da história moderna.