Os Estados Unidos reiteraram que governo sírio de Bashar al-Assad é responsável pelo ataque com armas químicas realizado contra comunidades civis em Ghouta Oriental, que matou mais de 1.400 pessoas, incluindo muitas crianças.
Washington voltou a reivindicar que Assad declare e destrua todo seu programa de armas de destruição em massa, conforme determinações internacionais, e permita que uma delegação da Organização para Proibição das Armas Químicas (OPAQ) entre no país e analise a situação.
Ned Price, porta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos, recordou o massacre em uma nota divulgada neste domingo (21): “Nove anos atrás, no início da manhã de 21 de agosto de 2012, o regime de Assad lançou gás sarin – que afeta o sistema nervoso – contra residentes civis no distrito de Ghouta, em Damasco”.
“Hoje, recordamos do horror persistente desta tragédia e reforçamos nosso compromisso na busca por justiça”, reafirmou Price. “Os Estados Unidos se lembram e honram as vítimas e os sobreviventes do atentado contra Ghouta e outros ataques químicos lançados por Assad”.
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Price enfatizou: “Os Estados Unidos apoiam veementemente esforços sírios e internacionais para buscar justiça para as inúmeras atrocidades conduzidas contra o povo da Síria, algumas equivalentes a crimes de guerra e lesa-humanidade. Reiteramos também nosso apoio a uma solução política inclusiva ao conflito na Síria, de acordo com a resolução 2254 aprovada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas”
“Condenamos nos termos mais contundentes qualquer uso de armas químicas, em qualquer lugar, por qualquer parte e em qualquer circunstância”, concluiu o porta-voz de Washington. “Não pode haver impunidade para aqueles que adotam armas químicas. Utilizamos todas as ferramentas disponíveis para promover justiça a tais ataques”.
O nono aniversário do massacre – ainda impune – coincide com esforços de regimes árabes para normalizar laços com o regime de Assad.
A reaproximação foi repudiada por ativistas e opositores, que acusam a comunidade internacional de lavar as mãos sobre uma das maiores chacinas da história moderna.