Rashida Tlaib, congressista democrata pelo estado de Michigan, condenou o fechamento de seis ongs palestinas de direitos humanos por Israel, após uma operação militar da ocupação realizada na Cisjordânia, ao descrevê-la como “ataque absurdo e injustificado”.
“Tais atos são resultado direto do absoluto fracasso do governo [do Presidente dos Estados Unidos Joe] Biden em proteger os direitos humanos do povo palestino contra o racismo e a limpeza étnica”, declarou Tlaib em comunicado emitido nesta segunda-feira (22).
“O silêncio de nosso país permite mais morte e mais violência”, acrescentou.
Tlaib – primeira congressista de ascendência palestina dos Estados Unidos – instou Biden a “responsabilizar Israel”, denunciar formalmente o “ataque infundado” contra entidades da sociedade civil palestina e pressionar Tel Aviv a reverter a decisão de criminalizá-las.
“Não importam as mentiras inventadas para justificar este ataque absurdo contra ativistas de direitos humanos, não há desculpa para as ações do governo de Israel”, destacou a deputada.
Em 18 de agosto, forças israelenses invadiram escritórios de sete ongs palestinas, vandalizaram os imóveis, confiscaram documentos e computadores e soldaram as portas – ao declarar, deste modo, o fechamento compulsório das organizações.
LEIA: AIPAC investe milhões em candidatos nos EUA, tenta reverter apoio palestino
Em outubro, Tel Aviv criminalizou as seguintes ongs da sociedade civil: Associação de Direitos Humanos e Apoio aos Prisioneiros Addameer, Fundação al-Haq, Centro Bisan para Pesquisa e Desenvolvimento, União dos Comitês de Mulheres Palestinas (UPWC), União dos Comitês dos Trabalhadores Agrários (UAWC) e a Defesa da Infância Internacional – Palestina, cuja matriz é sediada em Genebra.
A União dos Comitês dos Trabalhadores de Saúde (UHWC) também foi alvejada pelos ataques da última semana. A operação foi repudiada veementemente em âmbito local e internacional.