A Jordânia confirmou nesta quarta-feira (24) ter dobrado seu fornecimento de energia elétrica à cidade palestina de Jericó, na Cisjordânia ocupada, ao alcançar índice de 80 megawatts, com intuito de reduzir a dependência local das usinas de Israel.
As informações são da agência de notícias Reuters.
As remessas complementares são provenientes de uma usina no Vale do Jordão, conectada à rede de energia sob gestão da Autoridade Palestina. A infraestrutura liga a capital jordaniana Amã à Cisjordânia ocupada.
Jordânia e Autoridade Palestina buscam continuamente expandir laços sob sucessivos “acordos de paz” assinados com Israel na década de 1990. No entanto, denunciam a ocupação por impor empecilhos; Tel Aviv nega as acusações.
A monarquia hachemita – que administrava Cisjordânia e Jerusalém Oriental antes da captura militar por Israel em 1967 – retomou o envio de eletricidade à cidade antiga de Jericó, no Vale do Jordão, há quase uma década.
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Amã mantém extenso contato de negócios e comércio com os palestinos, muitos dos quais têm familiares na Jordânia. A maioria da população jordaniana tem origem no oeste do Rio Jordão – isto é, na Palestina histórica, anterior à criação do Estado de Israel, via limpeza étnica, em 1948.
A Autoridade Palestina, contudo, recebe a maior parte de seu suprimento de energia de Israel.
A Jordânia também busca ampliar exportações ao mercado palestino e negocia com a ocupação maneiras de atenuar obstáculos aduaneiros. Amã acusa Tel Aviv de manter mão de ferro sobre o mercado nativo, para então ocupá-lo com bens israelenses.
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