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Autoridade Palestina pede a Israel para abrir Aeroporto de al-Quds

Edifício principal do Aeroporto Internacional de Jerusalém (Atarot), fechado ao tráfego civil desde a Segunda Intifada, perto de Ramallah, na Cisjordânia ocupada, em 25 de novembro de 2021 [Ahmad Gharabli/AFP via Getty Images]

O Primeiro-Ministro da Autoridade Palestina (AP) Mohammad Shtayyeh reforçou seu chamado nesta quarta-feira (24) para que a ocupação israelense permita o funcionamento do Aeroporto de al-Quds, caso realmente queira facilitar viagens de cidadãos palestinos.

As informações são da agência de notícias Safa.

Nesta semana, o estado ocupante autorizou que palestinos da Cisjordânia utilizassem pela primeira vez o Aeroporto de Ramon para viagens internacionais. Ramon fica perto de Eilat, cidade ao sul do território designado Israel – isto é, capturado durante a Nakba, mediante limpeza étnica, em 1948.

Shtayyeh destacou que al-Quds está disponível para operações. Conhecido também como Aeroporto de Qalandia, seu terminal foi construído para fins militares em 1920, durante o período do Mandato Britânico.

Durante a gestão jordaniana da Cisjordânia – entre 1948 e 1967 – o local foi transformado em aeroporto civil. A ocupação israelense o converteu novamente a comércio e turismo; contudo, fechou a instalação há anos, para reformá-la em favor dos assentamentos ilegais.

A Jordânia advertiu que o uso palestino de Ramon reduzirá o fluxo de viajantes que atravessam ao reino para viajar ao exterior, através do Aeroporto Internacional Rainha Alia, na capital Amã.

Durante cerimônia de inauguração da usina de al-Rama, no sul do Vale do Jordão, junto de seu homólogo jordaniano, Bishr al-Khasawneh, Shtayyeh insistiu que projetos prejudiciais aos laços palestino-jordanianos não têm apoio em seu país.

“Não há alternativa a nossa parceria com a Jordânia”, declarou o premiê, ao prometer ampliar o comércio bilateral de US$200 a US$500 milhões. “Se possível, chegaremos ao bilhão … Palestina e Jordânia somos um só, um único time e um único objetivo: garantir a segurança da Jordânia e o bem-estar de nosso povo”.

Al-Khasawneh afirmou que Amã busca expandir trocas comerciais e exportações aos territórios ocupados. “Estamos também comprometidos em facilitar a passagem de palestinos pela ponte Rei Hussein, da Cisjordânia à monarquia; dali, para todo o mundo”, acrescentou.

LEIA: Ex-ministro jordaniano pede boicote palestino a aeroporto de Israel

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