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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Quatro pacientes de Gaza morreram devido ao cerco israelense, alerta ong

Crianças palestinas realizam vigília no hospital de al-Shifa, na Cidade de Gaza, em 11 de agosto de 2022 [Ali Jadallah/Agência Anadolu]

Quatro pacientes palestinos – dentre os quais, três crianças – morreram na Faixa de Gaza sitiada neste mês de agosto, após Tel Aviv impedi-los de deixar o território litorâneo para receber tratamento médico, reportou o Centro al-Mezan para Direitos Humanos.

Samir Zaqout – advogado e vice-diretor da entidade – confirmou a morte dos quatro palestinos, devido ao controle austero das tropas israelenses sobre a travessia de Beit Hanoun, no norte de Gaza, sem autorização para atravessar a fronteira, apesar de suas necessidades médicas.

“A última vítima é Farouk Abu Naga, de apenas seis anos, que faleceu recentemente devido à demora em lhe permitir viajar ao hospital Hadassah Ein Keren, em Jerusalém ocupada, com o intuito de receber tratamento”, declarou Zaqout à rede Quds Press.

Conforme o relato, Naga sofria de atrofia cerebral. Devido às condições precárias de Gaza, fora encaminhado a tratamento especializado. Seu pedido permaneceu sob revisão de Israel apesar do laudo médico favorável e faleceu à espera.

Zaqout responsabilizou Tel Aviv pela morte da criança e destacou que, como potência ocupante e estado signatário da Quarta Convenção de Genebra de 1948, Israel tem obrigação de conferir serviços de saúde à população dos territórios ocupados.

LEIA: A violência visível de Israel é protegida por sua própria impunidade

Zaqout argumentou também que o governo sionista é membro do Pacto Internacional por Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, cujo Artigo 12 reafirma o direito universal a saúde física e mental.

Zaqout reforçou apelos à comunidade internacional para assumir suas responsabilidades legais e pressionar Israel a respeitar a lei internacional; suspender abusos contra os direitos de saúde dos palestinos; permitir seu acesso a hospitais e tratamento sem restrições; e encerrar o cerco militar contra a Faixa de Gaza.

O ativista observou que a impunidade encoraja o estado ocupante a agravar suas violações na Palestina histórica e recordou do iminente 15º aniversário do bloqueio a Gaza, cuja população empobrecida é privada do direito de ir e vir, mesmo sob necessidade médica.

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