O governo do Presidente dos Estados Unidos Joe Biden alertou a Autoridade Palestina (AP) contra suas intenções de pedir filiação integral à Organização das Nações Unidas (ONU) no Conselho de Segurança. Washington ameaçou usar seu poder de veto contra uma eventual resolução neste sentido, segundo informações da agência israelense Walla.
Semanas atrás, Ramallah confirmou planos de renovar esforços para se tornar formalmente estado-membro da ONU, ao apresentar a proposta para votação no Conselho de Segurança, durante sua reunião anual na Assembleia Geral em setembro.
Conforme relatos, Riyad Mansour – embaixador palestino na ONU – deu início a conversas de bastidores com membros do fórum em Nova York, sobre a possibilidade de voto favorável ao reconhecimento da Palestina dentre as instituições da comunidade internacional.
Os palestinos discutiram a matéria com oficiais de alto escalão da Casa Branca, que expressaram ressalvas e indicaram eventual veto à medida.
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Em novembro de 2012, a Autoridade Palestina foi reconhecida como estado observador da ONU. Desde então, Ramallah tentou repetidamente tornar-se estado-membro por meio do Conselho de Segurança; entretanto, obteve somente 9 dos 15 votos necessários.
Uma fonte do Departamento de Estado dos Estados Unidos afirmou que sua gestão está comprometida com a “solução de dois estados” e busca criar condições para retomar as negociações entre israelenses e palestinos.
O oficial insistiu que não há “atalhos” para reconhecer internacionalmente um estado palestino, sem negociações diretas com Tel Aviv. Porém, as negociações permanecem paralisadas há anos pela intransigência da ocupação sobre assentamentos ilegais e presos políticos.
No mesmo contexto, Hadi Ammar – oficial do Departamento de Estado incumbido da questão israelo-palestina – chegou nesta terça-feira (30) à região, para encontrar-se com israelenses e palestinos. A proposta de filiação à ONU deverá ser um dos principais assuntos de sua reunião com o Presidente da Autoridade Palestina Mahmoud Abbas.
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