O presidente iraniano, Ebrahim Raisi, disse que qualquer roteiro para reviver o acordo nuclear entre seu país e as potências mundiais deve incluir o fim da investigação do órgão de vigilância nuclear da ONU sobre “questões de salvaguarda” relacionadas a partículas nucleares encontradas em locais não revelados no país.
“Sem resolver as questões de salvaguardas, falar sobre um acordo não teria sentido”, disse Raisi durante uma entrevista coletiva realizada em Teerã ontem, um ano desde que assumiu o cargo.
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) se referiu aos vestígios de materiais nucleares como uma questão de “salvaguardas”.
Os Estados Unidos e as agências de inteligência ocidentais, bem como a AIEA, disseram que o Irã administrou um programa organizado de armas nucleares até 2003. Uma afirmação categoricamente negada por Teerã.
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Especialistas da AIEA alertam que o Irã tem urânio enriquecido suficiente para produzir combustível para fazer pelo menos uma bomba nuclear.
Questionado se se reuniria com o presidente dos EUA, Joe Biden, durante sua próxima visita a Nova York para a reunião da Assembleia Geral das Nações Unidas, Raisi disse: “Não”.
“Não faz sentido um encontro entre nós e ele”, acrescentou. Tal reunião “não traria nenhum benefício para o povo e os interesses do Irã”, acrescentou.