Neste domingo (4), o Ministro das Finanças de Israel Avigdor Lieberman descreveu Benjamin Netanyahu – atual líder da oposição e ex-primeiro-ministro – como “escória da raça humana sem escrúpulo algum”, segundo informações do jornal Times of Israel.
Lieberman – chefe do Partido direitista Yisrael Beiteinu (“Israel é Nosso Lar”) – foi indagado por repórteres sobre acusações de ter oferecido US$100 mil a um agente contratado para executar um corregedor da polícia.
O atual ministro negou as alegações como suposta campanha de difamação orquestrada por Netanyahu – um de seus principais adversários políticos e líder do partido Likud.
“É evidente que [Netanyahu] compreende que tudo que está entre ele e o poder é Avigdor Lieberman. Mas nada poderá ajudá-lo”, enfatizou o ministro. “Manterei minha oposição [a Netanyahu] e não deixarei que [seu bloco] exceda os 59 assentos [legislativos] nas urnas; é precisamente isso que o deixa maluco”.
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Em resposta no Twitter, o Likud acusou Lieberman de “agir como um gângster”.
“Esperamos que o ministro não ofereça a ninguém US$100 mil para matar Netanyahu”, insistiu o partido ultranacionalista do ex-premiê. “Não temos ligação alguma aos relatos preocupantes sobre [Lieberman] que circularam nos últimos dias”.
Lieberman confirmou ter encaminhado uma carta à Procuradora-Geral Gali Baharav-Miara para desmentir imediatamente as acusações contra ele, ao descrevê-las como difamação em meio à campanha para as eleições de novembro.
Israel entra em seu quinto processo eleitoral em menos de quatro anos, após o recente colapso do governo, sob uma frágil coalizão formada para destituir Netanyahu.