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Israel investiga corrupção e assédio sexual em consulado do Marrocos

Ministro de Relações Exteriores de Israel Yair Lapid durante coletiva de imprensa em Jerusalém ocupada, 24 de abril de 2022 [Debbie Hill/AFP via Getty Images]

O Ministério de Relações Exteriores de Israel deu início a uma investigação sobre corrupção, irregularidades financeiras e assédio sexual dentro de seu consulado no Marrocos, relatou a imprensa local nesta segunda-feira (5).

Os escândalos incluem acusações de que diplomatas de alto escalão exploraram sexualmente diversas mulheres marroquinas.

Hagay Behar – corregedor-geral da chancelaria israelense – voou ao Marrocos na semana passada, após os rumores virem à tona. Segundo o jornal Times of Israel, as denúncias de corrupção têm associação direta com o chefe da missão, David Govrin.

A acusação mais grave indica que um “oficial sênior” explorou sexualmente diversas mulheres locais, o que pode culminar em um grave incidente diplomático com o Marrocos.

Segundo as informações, a chancelaria investiga também uma série de incongruências fiscais e administrativas, incluindo desaparecimento de um presente valioso concedido pela monarquia em ocasião do Dia da Independência de Israel – quando o estado ocupante celebra sua criação em terras palestinas, mediante limpeza étnica, em maio de 1948.

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Além disso, o ministério também averigua denúncias de que um empresário local e líder da comunidade judaica, identificado como Samy Cohen, amigo de Govrin, esteve envolvido na acomodação de diversos ministros israelenses.

Cohen recebeu o atual premiê Yair Lapid quando este era chefe de política externa. Foram acolhidos também Ayelet Shaked e Gideon Sa’ar – respectivamente, Ministra do Interior e Ministro da Justiça –, com objetivo de lançar negociações locais, embora o empresário não possuísse qualquer cargo oficial.

Outro ponto do inquérito é uma briga entre Govrin e o chefe de segurança da missão, confirmou o periódico israelense.

O Marrocos se tornou o quarto regime árabe a normalizar relações com Israel sob os Acordos de Abraão, promovidos pelo então Presidente dos Estados Unidos Donald Trump, no segundo semestre de 2020, logo após Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Sudão.

Govrin, de 58 anos, é considerado um diplomata experiente que serve ao ministério desde 1989. É fluente em árabe e foi embaixador no Egito entre 2016 e agosto de 2020.

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