A Administração Civil de Israel trabalha para “legalizar” postos coloniais de caráter agrário em toda a Cisjordânia ocupada, ao deferir novas regulações, reportou o jornal israelense Haaretz.
Entre 30 e 40 postos ilegais cumprem os critérios básicos para serem classificados como “terras públicas” pelas autoridades da ocupação. O novo sistema demanda a aprovação do Ministro da Defesa Benny Gantz e do Ministério da Justiça.
Uma fonte do Conselho de Yesha, principal coalizão de organizações coloniais, relatou ao Haaretz que Ze’ev Hever, chefe do influente movimento Amana, comanda os esforços de “legalização” em nome da entidade.
Hever também responsável por realizar lobby pelo aumento do número de postos agrários capazes de se qualificarem sob as novas regulações.
Dentre os postos a serem “legalizados” estão agrupamentos coloniais já existentes e outros a serem estabelecidos posteriormente em terras palestinas.
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O novo sistema deve dificultar a subsistência de pastores palestinos, ao exigir que obtenham autorizações sem precedentes deferidas ou não pela ocupação.
Há dezenas de postos avançados para criação de animais na Cisjordânia ocupada. Nos anos recentes, ao menos 50 postos – equivalentes a 240 mil dunams de terra ou 7% da chamada Área C da Cisjordânia ocupada – foram construídos pelo movimento Amana.
Os postos avançados abarcam grandes áreas com poucos residentes, sob pretexto de pastoreio. Segundo o Ministério da Agricultura, embora os postos coloniais detenham o “direito” sobre as terras, não lhes foram deferidos alvarás de construção.
Dados da ong israelense Peace Now mostram que há cerca de 660 mil colonos ilegais radicados em 145 assentamentos e 140 postos avançados nas terras ocupadas da Cisjordânia e Jerusalém Oriental. Assentamentos e postos coloniais são ambos designados ilegais pela lei internacional; postos coloniais são ilegais até mesmo pela legislação israelense.
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