O Catar pediu a Israel que permita aos palestinos viajarem à Copa do Mundo FIFA deste ano, sediada pelo estado do Golfo entre 20 de novembro e 18 de dezembro.
O pedido foi feito durante conversas referentes aos preparativos para um período de relações diplomáticas abertas entre os países.
Embora Doha e Tel Aviv não tenham laços formais, ambos os governos negociam a abertura de um escritório consular israelense na capital catariana, em caráter provisório, com o objetivo de conceder assistência aos 10 mil torcedores israelenses esperados para o torneio.
Caso aberto, o gabinete deve fechar as portas logo após o evento.
Conforme o jornal israelense Haaretz, fontes disseram que o regime no Catar prefere manter o campeonato como um evento “apolítico”, de modo a permitir pleno acesso tanto a israelenses quanto palestinos.
A escolha de Doha pela Federação Internacional de Futebol (FIFA) pressupôs essa postura. A monarquia árabe, no entanto, espera reciprocidade da ocupação israelense.
Israel conduz um regime de apartheid nos territórios palestinos ocupados e detém controle absoluto sobre viagens dos árabes nativos ao exterior. A restrição de movimento é uma das principais ferramentas de Israel para exercer sua ocupação.
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