Cinco pacientes palestinos – dentre os quais, três crianças – da Faixa de Gaza morreram neste ano após Israel proibí-los de deixar o território sitiado em busca tratamento médico, reportou nesta quarta-feira (7) o Centro al-Mezan para Direitos Humanos.
Em nota, alertou a entidade: “O caso mais recente de demora levou à morte de Mohammed al-Ledawi, paciente oncológico de 32 anos, residente da cidade de Rafah, em 6 de setembro, após ser impedido de comparecer a oito indicações em hospitais da Cisjordânia. O paciente sofria de linfoma de Hodgkin”.
O paciente palestino não obteve permissão para deixar Gaza e viajar a Jerusalém e Nablus para receber tratamento, o que levou à deterioração de saúde, confirmou o comunicado.
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“O Centro al-Mezan rechaça veementemente as restrições discriminatórias de movimento e o sistema arbitrário de autorização imposto pelas autoridades israelenses sobre os pacientes de Gaza, que impedem seu acesso a hospitais fora do território costeiro”.
Reiteramos que o fechamento sufocante e draconiano de Gaza perpetrado por Israel serve para negar a seus habitantes seu direito básico a saúde e outros direitos inalienáveis, como parte de um sistema entrincheirado de opressão, dominação e discriminação contra o povo palestino.
“A negativa ou demora israelense para deferir autorizações não se embasam em quaisquer razões válidas, mas são parte de um regime de punição coletiva e apartheid o qual sujeita a mais de dois milhões de palestinos da Faixa de Gaza”, prosseguiu a organização.
Gaza continua sob cerco rigoroso de Israel desde meados de 2007. A ocupação não permite sequer a entrada de remédios e itens médicos ou a viagem de pacientes em estado crítico à Cisjordânia ocupada, ao território designado Israel ou ao exterior.