O governo do primeiro-ministro israelense Yair Lapid estuda uma série de opções políticas para reforçar os poderes da Autoridade Palestina (AP) na Cisjordânia ocupada, segundo informações do jornal Haaretz e agências árabe-palestinas.
Lapid considera aumentar o número de palestinos com autorização para trabalhar no território designado Israel – ocupado durante a Nakba, por meio de limpeza étnica, em 1948. Além disso, estuda ampliar fontes financeiras à administração em Ramallah.
O premiê deve abordar a questão nesta quinta-feira (8) junto de líderes militares de Israel.
Segundo uma fonte de segurança, Aviv Kochavi – chefe do estado-maior das Forças Armadas – atribuiu a escalada nos atos de resistência na Cisjordânia ocupada à debilidade dos serviços de segurança da Autoridade Palestina.
Seu relato reafirmou que há uma extensa fraqueza interna na gestão palestina, sobretudo nas cidades de Nablus e Jenin. Neste contexto, a inteligência israelense insiste que há esforços em curso para enfraquecer o presidente Mahmoud Abbas, mediante disputas sobre o sucessor do líder octogenário.
Não obstante, fontes políticas afirmaram ao Haaretz que aqueles envolvidos na discussão não sabem ainda se a eventual assistência pode resultar em impacto material na conjuntura atual.
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Desde o início do ano, segundo a rádio israelense Kan, a resistência palestina na Cisjordânia realizou ao menos 60 ataques armados, comparados a 50 no último ano e 48 em 2020.
O articulista David Rosenberg alega crer que Tel Aviv busca reforçar medidas para solucionar parte dos problemas palestinos de curto prazo, porém a custo de agravar questões de longo prazo. Rosenberg descreveu os atos israelenses para supostamente melhorar a economia na Cisjordânia como desesperados.