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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Acordos de energia com Israel violam políticas da Europa, alerta BDS

Plataforma israelense de gás natural de Leviathan, na costa de Cesareia, no Mar Mediterrâneo, 19 de dezembro de 2019 [Jack Guez/AFP via Getty Images]

Acordos de energia firmados entre União Europeia e Israel violam as próprias políticas do bloco e suas obrigações sob a lei internacional, advertiu o Comitê Nacional Palestino da campanha de Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS).

Ao denunciar “hipocrisia” da União Europeia, a entidade da sociedade civil palestina expôs o descumprimento do bloco sobre sua “cláusula territorial referente a acordos com Israel”, ao promover e financiar acordos e projetos de energia junto ao estado de apartheid.

Conforme decreto do Conselho de Política Externa da União Europeia sobre o Processo de Paz no Oriente Médio, aprovado em 10 de dezembro de 2012, “todos os acordos [entre as partes] devem inequívoca e explicitamente advertir para sua inaplicabilidade nos territórios ocupados em 1967 – isto é, colinas de Golã, Cisjordânia, Jerusalém Oriental e Faixa de Gaza”.

A ausência da cláusula territorial foi reportada em junho quando União Europeia, Egito e Israel assinaram um memorando de entendimento sobre transporte e exportação de gás natural aos estados do bloco. No entanto, sem resposta.

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“A União Europeia é rigorosamente proibida, também ao implementar itens não-vinculativos, de agir de maneira equivalente ao reconhecimento da ocupação ilegal israelense”, advertiu o BDS. “A restrição abarca o fornecimento de gás natural – como no memorando em questão – para garantir que os recursos não sejam apropriados dos territórios ocupados por Israel”.

Segundo o BDS, na prática, o bloco ratifica e ampara a ocupação israelense ao buscar facilitar o acesso europeu a insumos energéticos de Tel Aviv, por meio de múltiplas iniciativas. Conforme a denúncia, o combustível fóssil deriva de saque e exploração de recursos palestinos, incluindo terra, água e gás natural.

“A União Europeia lava as mãos ao fato de que tais importações de gás israelense são baseadas na apropriação e exploração de mares adjacentes a Gaza ocupada”, acrescentou o BDS. Dentre as importações referidas no memorando, estão insumos israelenses obtidos de uma instalação egípcia construída em águas territoriais de Gaza.

Outra violação da soberania palestina é o gasoduto Ashkelon-Al Arish – percurso de 90 km que conecta Israel e Egito e atravessa o Mar Mediterrâneo a apenas 13 milhas náuticas da costa de Gaza. “Os palestinos não foram abordados para conferir autorização tampouco recolhem taxas de trânsito pelo uso de suas águas”, reportou o BDS.

O Comitê Nacional observou ainda que o gasoduto é uma das razões para o bloqueio militar – desumano e ilegal – aplicado por Israel contra os dois milhões de palestinos de Gaza.

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