O secretário de Estado dos EUA, Anthony Blinken, disse na sexta-feira que seu país não concordaria com o Irã em um acordo que não atendesse às demandas básicas, informou a Agência de Notícias Anadolu.
A “última resposta do Irã nos leva para trás”, disse Blinken a repórteres em uma entrevista coletiva conjunta com o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, após a reunião.
Blinken se referiu à resposta oficial do Irã ao projeto de compromisso, proposto pelo chefe de política externa da UE, Josep Borrell, sobre a retomada do acordo nuclear iraniano de 2015.
“Não estamos dispostos a concordar com um acordo que não atenda aos nossos requisitos finais”, afirmou.
Blinken também descartou a aprovação das “exigências estranhas que não são relevantes para o próprio JCPOA (Plano Abrangente de Ação Conjunta, na sigla usual em inglês)”, já que os EUA só estão dispostos a concluir um acordo que “aumente a segurança nacional”.
O (JCPOA foi assinado em 2015 pelo Irã, EUA, China, Rússia, França, Reino Unido, Alemanha e UE.
Sob o acordo, Teerã se comprometeu a limitar sua atividade nuclear para fins civis e, em troca, as potências mundiais concordaram em retirar suas sanções econômicas contra o Irã.
Sob o governo do ex-presidente Donald Trump, os EUA se retiraram unilateralmente do acordo em 2018 e reimpuseram sanções ao Irã, levando Teerã a parar de cumprir o acordo nuclear.
A diplomacia da UE, como coordenadora do acordo, tem feito esforços significativos para levar o Irã e os EUA de volta à mesa de negociações desde o início do conflito.
Em agosto, Borrell apresentou uma proposta para suspender as sanções dos EUA e garantir a conformidade do Irã com os requisitos nucleares.
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