Os Estados Unidos impuseram na sexta-feira sanções ao Ministério de Inteligência e Segurança do Irã e seu ministro, acusando-os de estarem vinculados a um ataque cibernético disruptivo em julho à Albânia e de se envolverem em outras atividades cibernéticas contra os Estados Unidos e seus aliados, relata a Reuters.
A medida ocorre depois que a Albânia cortou relações diplomáticas com o Irã na quarta-feira pelo mesmo incidente, ordenando que diplomatas iranianos e funcionários da embaixada saíssem dentro de 24 horas.
O Departamento do Tesouro dos EUA, em comunicado, disse que o Ministério de Inteligência e Segurança dirige várias redes de atores de ameaças cibernéticas, incluindo aqueles envolvidos em espionagem cibernética e ataques de ransomware em apoio ao governo iraniano.
“Não vamos tolerar as atividades cibernéticas cada vez mais agressivas do Irã”, disse o subsecretário do Tesouro para Terrorismo e Inteligência Financeira, Brian Nelson, no comunicado.
O Ministério já foi designado sob sanções dos EUA. A missão do Irã nas Nações Unidas em Nova York não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
A Microsoft, cuja equipe de pesquisa de segurança cibernética ajudou a investigar o incidente, disse em um post de blog na quinta-feira que a operação cibernética iraniana envolveu uma combinação de técnicas de espionagem digital, malware de limpeza de dados e operações de informações online. O objetivo dos hackers, segundo os pesquisadores, parecia ser constranger os funcionários do governo albanês.
Os ataques de julho interromperam temporariamente os sites do governo e outros serviços públicos. Analistas dizem que a operação visava punir a Albânia por apoiar um grupo dissidente iraniano sediado no país, conhecido como Mujahedin-e Khalq (MEK).
O Irã desrespeitou “normas de comportamento responsável em tempos de paz no ciberespaço”, acrescentou o secretário de Estado, Antony Blinken, em comunicado.
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