O brigadeiro-general Kiomars Heidari, comandante-chefe do exército iraniano, afirmou que sua instituição desenvolveu um drone de longo alcance projetado para atingir as cidades de Haifa e Tel Aviv, situadas no território considerado Israel.
As informações são da agência de notícias Anadolu.
Heidari fez seus comentários durante um programa da televisão estatal neste domingo (11), em meio a uma escalada de tensões entre Irã e Israel.
De acordo com o militar de carreira, o drone Arash-2 – segunda geração do veículo armado Arash – é um “pássaro único” cujo objetivo é “destruir” o regime sionista, o qual acusou de “assassinar crianças”.
Heidari afirmou que o drone foi entregue à infantaria iraniana e que suas capacidades serão postas a prova em exercícios futuros. O Arash-2 supostamente pode “recuperar-se múltiplas vezes até alcançar seu alvo”, com a mesma precisão que um míssil balístico.
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Segundo o general, suas Forças Armadas “aguardam ordens para usá-lo”.
As declarações de Heidari coincidem com tensões entre os longevos inimigos regionais devido a atos de sabotagem no território iraniano e escalada nos ataques israelenses a grupos aliados do regime islâmico que operam na Síria.
Teerã também culpou o governo israelense de prejudicar as negociações em curso com Washington, mediadas pela União Europeia, cujo intuito é ressuscitar o tratado nuclear assinado em 2015.
No domingo, o Primeiro-Ministro de Israel Yair Lapid agradeceu a Alemanha, França e Reino Unido por sua “posição firme” frente ao Irã, um dia após as potências europeias culparem o lado islâmico por “comprometer” as negociações.
Heidari alegou ainda que o exército iraniano possui drones e mísseis estratégicos de diversos alcances, com capacidade de até 2.000 km de distância.
O general descreveu sua infantaria como a “maior, mais bem equipada e mais diversa” em termos de tecnologia e equipamento, ao destacar seu poderio de helicópteros “sem igual”.
Sobre a cooperação entre as Forças Armadas tradicionais e a Guarda Revolucionária do Irã – unidade de elite do exército nacional –, o general reafirmou que ambas os contingentes são “complementares” e trabalham em “sinergia”.