Grupo marroquino processa três diplomatas de Israel por assédio sexual

A Associação Marroquina para Direitos Humanos (AMDH) protocolou queixas contra três diplomatas israelenses radicados na cidade de Rabat por assédio sexual cometido contra mulheres locais, reportou nesta quarta-feira (14) a rede de notícias TRT.

Aziz Ghali – chefe da entidade, maior grupo de direitos humanos do Marrocos – afirmou a repórteres que sua denúncia transcorre do “silêncio” do regime sobre as alegações contra funcionários da missão israelense na capital do país norte-africano.

“Devido ao silêncio do governo, a AMDH decidiu registrar uma queixa na Promotoria Pública para que abra uma investigação sobre os crimes perpetrados e tome as medidas adequadas”, acrescentou Ghali.

Segundo relatos, quatro funcionárias marroquinas sofreram assédio sexual nas mãos de três superiores israelenses. Ghali descreveu o abuso como “crime equivalente a tráfico humano”; contudo, não identificou as vítimas tampouco os agressores.

Ghali reforçou a demanda de sua organização para que Rabat não permita a abertura de um “escritório de comunicação” com o estado ocupante. A medida é considerada um avanço da normalização de relações entre Israel e Marrocos.

No início de setembro, a rádio estatal israelense confirmou que uma delegação do Ministério de Relações Exteriores foi enviada a Rabat, após denúncias de abuso sexual contra o chefe da missão diplomática, David Govrin.

Segundo a imprensa africana, Govrin é acusado de exploração e assédio sexual, além de “exposição indecente”.

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