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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

EUA buscam ampliar coordenação de segurança entre Israel e Autoridade Palestina

Presidente dos EUA Joe Biden ao lado de seu homólogo israelense Isaac Herzog (à direita) e do premiê sionista Yair Lapid, durante cerimônia de abertura dos ‘Jogos Macabeus’ de Jerusalém ocupada, em 14 de julho de 2022 [Governo de Israel/Agência Anadolu]

O governo do Presidente dos Estados Unidos Joe Biden pediu que Israel e Autoridade Palestina adotem medidas para estabilizar a situação de segurança na Cisjordânia ocupada e impedir sua maior degradação.

Segundo Barbara Leaf, assessora do Departamento de Estado para Oriente Médio, Washington está “profundamente preocupado” com a condição de segurança além da Linha Verde; isto é, a fronteira nominal entre o território considerado Israel – capturado em 1948, mediante limpeza étnica – e a Cisjordânia – sob ocupação militar desde 1967.

O pedido sucede mais um assassinato israelense de um adolescente palestino, na madrugada desta quinta-feira (15). Uday Trad Salah, de apenas 17 anos, foi morto a tiros por soldados da ocupação que invadiram a aldeia de Kafr Dan, no distrito de Jenin.

Outros dois residentes palestinos foram baleados, mas Salah foi imediatamente declarado morto após ser alvejado na cabeça.

O Ministério da Saúde da Autoridade Palestina confirmou que a execução do jovem de 17 anos eleva o número de palestinos mortos por Israel desde janeiro a 149 vítimas, dentre as quais, 34 residentes de Jenin.

LEIA: Israel emitiu 1.365 ordens de detenção administrativa em 2022

Além das sucessivas incursões noturnas de infantaria a habitações civis na Cisjordânia ocupada, o exército israelense passou a treinar seus soldados para adotar drones pesadamente armados durante “operações de contraterrorismo”.

Invasões noturnas são uma prática quase diária da ocupação sionista na Cisjordânia. Tel Aviv alega razões de inteligência; contudo, grupos de direitos humanos reafirmam que suas ações têm como intuito reprimir, intimidar e expulsar os palestinos nativos para ampliar o controle militar e substituí-los por colonos ilegais.

Assim como os postos de controle e o Muro da Separação na Cisjordânia, alertam analistas, as invasões militares contra áreas civis são parte do DNA do regime de apartheid.

Leaf, no entanto, reafirmou que a Casa Branca trabalha para “assegurar que o maior grau possível de colaboração de segurança [entre Israel e Autoridade Palestina] seja robusto e contínuo”.

Na semana passada, Leaf alertou Eyal Hulata, presidente do Conselho de Segurança Nacional de Israel, sobre o eventual colapso da gestão em Ramallah. Leaf destacou que a decisão cabe agora a Tel Aviv: “Pedimos a vocês que tomem medidas rápidas para ajudar a Autoridade”.

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