O governo do Presidente dos Estados Unidos Joe Biden pediu que Israel e Autoridade Palestina adotem medidas para estabilizar a situação de segurança na Cisjordânia ocupada e impedir sua maior degradação.
Segundo Barbara Leaf, assessora do Departamento de Estado para Oriente Médio, Washington está “profundamente preocupado” com a condição de segurança além da Linha Verde; isto é, a fronteira nominal entre o território considerado Israel – capturado em 1948, mediante limpeza étnica – e a Cisjordânia – sob ocupação militar desde 1967.
O pedido sucede mais um assassinato israelense de um adolescente palestino, na madrugada desta quinta-feira (15). Uday Trad Salah, de apenas 17 anos, foi morto a tiros por soldados da ocupação que invadiram a aldeia de Kafr Dan, no distrito de Jenin.
Outros dois residentes palestinos foram baleados, mas Salah foi imediatamente declarado morto após ser alvejado na cabeça.
O Ministério da Saúde da Autoridade Palestina confirmou que a execução do jovem de 17 anos eleva o número de palestinos mortos por Israel desde janeiro a 149 vítimas, dentre as quais, 34 residentes de Jenin.
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Além das sucessivas incursões noturnas de infantaria a habitações civis na Cisjordânia ocupada, o exército israelense passou a treinar seus soldados para adotar drones pesadamente armados durante “operações de contraterrorismo”.
Invasões noturnas são uma prática quase diária da ocupação sionista na Cisjordânia. Tel Aviv alega razões de inteligência; contudo, grupos de direitos humanos reafirmam que suas ações têm como intuito reprimir, intimidar e expulsar os palestinos nativos para ampliar o controle militar e substituí-los por colonos ilegais.
Assim como os postos de controle e o Muro da Separação na Cisjordânia, alertam analistas, as invasões militares contra áreas civis são parte do DNA do regime de apartheid.
Leaf, no entanto, reafirmou que a Casa Branca trabalha para “assegurar que o maior grau possível de colaboração de segurança [entre Israel e Autoridade Palestina] seja robusto e contínuo”.
Na semana passada, Leaf alertou Eyal Hulata, presidente do Conselho de Segurança Nacional de Israel, sobre o eventual colapso da gestão em Ramallah. Leaf destacou que a decisão cabe agora a Tel Aviv: “Pedimos a vocês que tomem medidas rápidas para ajudar a Autoridade”.