A Corte Europeia de Direitos Humanos decidiu na quarta-feira que a França deve reexaminar os pedidos de repatriação de duas mulheres francesas que viajaram para a Síria com seus parceiros para se juntar ao Daesh, e as crianças que deram à luz lá, informou a AFP.
De acordo com o relatório, o Tribunal decidiu que a recusa da França em repatriar as mulheres e crianças era uma violação dos direitos de “entrar no território do estado do qual (a pessoa) é nacional”.
Os pais das duas mulheres levaram a luta ao Tribunal Europeu em Estrasburgo depois que a França se recusou a permitir que suas filhas e netos voltassem à França. Eles estão atualmente detidos em campos administrados por curdos no nordeste da Síria.
As famílias argumentaram que sua detenção prolongada na Síria expôs as mulheres e crianças a tratamento desumano e degradante e violou seu direito ao respeito pela vida familiar.
Há anos, a França resiste a pedidos de grupos de direitos humanos para repatriar mulheres que partiram para se juntar ao grupo militante islâmico, dizendo que as vê como “combatentes” que devem ser julgadas onde foram acusadas de cometer crimes.
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