O chamado Serviço de Segurança Preventiva da Autoridade Palestina (AP) apreendeu o ex-prisioneiro Musab Shtayyeh, considerado foragido pelas forças da ocupação, na cidade de Nablus, na Cisjordânia ocupada. Dois outros homens foram presos junto de Shtayyeh.
A repressão ordenada por Ramallah, porém, incitou indignação em Nablus, que levou a protestos acalorados. Rapazes fecharam ruas com pneus e barricadas; combatentes da resistência dispararam contra o ar em sinal de repúdio.
Shtayyeh já foi preso três vezes e passou quatro anos nas cadeias da ocupação.
Forças israelenses o classificam como “procurado” desde junho de 2021 e realizaram diversas invasões contra a residência de sua família na região de Salem, a leste de Nablus, com intuito de capturá-lo e assediar seus parentes.
Shtayyeh sobreviveu a uma série de tentativas de assassinato. O episódio mais notável ocorreu em 24 de julho, quando militantes palestinos foram cercados no distrito de Yasmina, na Cidade Velha de Nablus. Na ocasião, Muhammad al-Azizi e Abd al-Rahman Sobh foram executados.
Facções e grupos da resistência palestina em Gaza e na Cisjordânia repudiaram a prisão de Shtayyeh, assim como a captura arbitrária de Ameed Tabila, também na cidade de Nablus.
O Hamas reivindicou sua soltura imediata, ao reafirmar que a recente campanha de prisão representa uma nova mancha para a Autoridade Palestina e seu histórico colaboracionista referente à ocupação israelense.
“O inimigo [Israel] mantém seus assassinatos, campanhas de prisão e políticas de judaização e expansão dos assentamentos; contudo, a Autoridade Palestina alinha-se com ele, por meio de sua colaboração de segurança, opressão a nosso povo e perseguição e prisão de combatentes da resistência”, alertou o Hamas. “Seu comportamento excede qualquer normalidade”.
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