Ativistas denunciaram uma iniciativa do Fundo de Investimento Internacional Britânico (BII) para encaminhar US$100 milhões a startups do Egito, ao descrevê-la como “greenwashing”.
O fundo de investimento – que recebe apoio do governo em Londres – se autodenomina parceiro de desenvolvimento de países emergentes.
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Ao anunciar a medida, a instituição britânica reafirmou seu compromisso em robustecer laços com o Egito e ampliar o apoio à “economia verde” do estado norte-africano. “O Egito é um de nossos mercados prioritários, devido ao crescimento em potencial que o país tem a oferecer”, destacou Gareth Bayley, embaixador do Reino Unido na cidade do Cairo.
“Nossos acordos – seja em serviços financeiros, saúde ou energia limpa – demonstram a força do comércio entre Egito e Reino Unido e nossa parceria verde”, declarou Bayley. “Desejo todo sucesso ao empreendimento britânico, à medida que apoia a transformação verde do Egito às vésperas da COP27 em novembro”.
A Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2022 (COP27) será realizada no balneário egípcio de Sharm el-Sheikh, entre 6 e 18 de novembro.
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Ativistas e figuras de destaque condenaram a escolha do Egito como anfitrião, dado o histórico do regime militar em abusos de direitos humanos e repressão à sociedade civil – cuja liberdade é fundamental para implementar medidas ambientais adequadas.
Autoridades egípcias são acusadas de tentar encobrir crimes de lesa-humanidade por meio de supostas políticas ecológicas, prática conhecida como “greenwashing”. Conforme os alertas, o Cairo usa a COP27 como oportunidade para obter recursos estrangeiros.
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No âmago das denúncias, está o encarceramento de 60 mil prisioneiros políticos sob ordens do presidente e general Abdel Fattah el-Sisi. Dentre os detidos, está o blogueiro anglo-egípcio Alaa Abdelfattah, em greve de fome como protesto a sua detenção arbitrária.
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Alaa permanece em condições hediondas de detenção, sem poder deixar sua cela e sequer saber horas. Alaa tem um filho de dez anos e serve pena emitida pelo judiciário militar por “propagar notícias falsas”.
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