O Ministro de Relações Exteriores do Irã Amir Abdollahian afirmou nesta quarta-feira (21) que seu governo conduz investigações sobre a morte de Mahsa Amini, de 22 anos, após ser detida pela polícia de costumes. No entanto, negou apelos dos Estados Unidos por justiça.
As informações são da agência de notícias Anadolu.
Em postagem no Twitter, Abdollahian descreveu a morte da jovem cidadã como um incidente “trágico”, ao retratá-la como “uma de nossas filhas”.
O chanceler, contudo, condenou veementemente uma declaração da Casa Branca para reivindicar que oficiais iranianos sejam responsabilizados pela morte de Amini e graves violações de direitos humanos.
“Ao invés de derramar lágrimas de crocodilo, Washington deveria abandonar seu terrorismo econômico”, alegou Abdollahian, ao insistir que os direitos humanos são um “valor inerente” de seu regime – “diferente daqueles que os usam como ferramenta contra seus adversários”.
Na noite de segunda-feira (19), a Casa Branca rechaçou a morte em custódia de Amini como “afronta chocante e hedionda aos direitos humanos”.
Segundo a imprensa americana – incluindo a agência Associated Press –, advertiu o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional: “Os Estados Unidos exigem responsabilidade pela morte da jovem de 22 anos após ser presa em Teerã, alguns dias atrás”.
Amini faleceu na sexta-feira (16), após ser presa na terça-feira da mesma semana pela “polícia de moralidade”, que monitora – entre outras coisas – o código de vestimenta das mulheres na república islâmica. Agentes policiais insistem que a jovem adoeceu na cadeia; seu pai, contudo, denuncia sinais de tortura.
O incidente deflagrou uma onda de indignação e novos protestos populares, sobretudo de jovens, em todo o território iraniano.
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