A recém-empossada premiê britânica Liz Truss afirmou a seu homólogo israelense Yair Lapid reavaliar a transferência da embaixada de seu país no estado sionista da cidade de Tel Aviv a Jerusalém ocupada.
Truss sugeriu a eventual mudança durante encontro com Lapid nos bastidores da Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, nesta quarta-feira (21).
No Twitter, o premiê e chanceler israelense alegou que ambos “discutiram aprofundar as relações bilaterais em comércio, inovação e segurança” e descreveu a sucessora de Boris Johnson como “verdadeira amiga de Israel”.
“Continuaremos a fortalecer a parceria entre os países”, acrescentou Lapid.
Caso a promessa se materialize, o Reino Unido seguirá a deixa de Donald Trump – então Presidente dos Estados Unidos – em transferir a missão à cidade sagrada, ao reconhecer Jerusalém como “capital indivisível de Israel”, a despeito da lei internacional.
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Os palestinos reivindicam Jerusalém Oriental como capital de seu futuro estado independente.
Três outros países – Honduras, Guatemala e Kosovo – acompanharam a controversa iniciativa de Washington. Em agosto, todavia, a chancelaria hondurenha confirmou averiguar o retorno de sua embaixada a Tel Aviv.
O presidente brasileiro Jair Bolsonaro chegou a apontar a adoção da medida, com intuito de agradar o lobby evangélico e o então aliado americano. Porém, sob receio de represálias por parte de parceiros comerciais árabes, jamais foi adiante.
No mês passado, antes de ser eleita para chefiar o governo, Truss prometeu ao núcleo sionista de seu partido – Amigos Conservadores de Israel – rever a política histórica do Reino Unido de conservar sua embaixada israelense na cidade de Tel Aviv.
“Compreendo a importância e sensibilidade da questão da localidade da embaixada britânica em Israel”, afirmou Truss, na ocasião. “Tive muitas conversas com meu bom amigo, o premiê Yair Lapid, sobre esta matéria”.
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