A Ministra do Interior de Israel Ayelet Shaked – líder do partido de ultradireita Lar Judaico – acusou o Primeiro-Ministro Yair Lapid de usar seu discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas para obter ganhos eleitorais, reportou a televisão israelense.
Ao comentar a declaração de suposto apoio do atual premiê ao estabelecimento de um estado palestino, diante do fórum internacional, afirmou Shaked: “Suas palavras não significam nada e não representam o governo de Israel, senão a si mesmo”.
A ministra insistiu que os acordos de coalizão rematam a questão palestina.
“Lamentavelmente, não é o primeiro governo que sirvo do qual o primeiro-ministro expressa palavras vazias sobre um estado palestino”, destacou Shaked. “Eu estava no governo quando [Benjamin] Netanyahu fez o mesmo, sobretudo em 2014, quando enviou Tzipi Livni [ministra para diplomacia] com objetivo de negociar em seu nome a criação de um estado palestino”.
“Netanyahu até mesmo trouxe [Isaac] Herzog ao governo em 2016, como parte de um esforço clandestino para conversar com os palestinos”, acrescentou a ministra, em referência ao atual presidente israelense e então chefe da oposição. “Sou a única no sistema contemporâneo que conseguiu remover a causa palestina de sua agenda política nos últimos dez anos”.
Israel caminha para sua quinta eleição em menos de quatro anos, após o colapso de sua frágil coalizão de governo. Netanyahu, Shaked e Lapid são todos candidatos.
LEIA: Políticos israelenses condenam Lapid por sugerir apoio a ‘solução de dois estados’