Primeiro-Ministro do Japão Fumio Kishida advertiu nesta quarta-feira (28) contra esforços que possam prejudicar o “processo de paz” na Palestina ocupada, com destaque para a expansão de assentamentos ilegais, segundo informações da agência de notícias Anadolu.
Kishida reafirmou o apoio de seu país à “solução de dois estados” e expressou apreensão sobre a violência “em partes da Palestina e de Israel”, durante reunião com Rami Hamdallah, ex-premiê da Autoridade Palestina (AP), na cidade de Tóquio, confirmou sua chancelaria em comunicado.
“Ao enfatizarmos a necessidade de evitar medidas unilaterais que contradigam o processo de paz, incluindo as atividades coloniais, o Japão continuará a contribuir para construir um ambiente construtivo capaz de levar à estabilidade no Oriente Médio”, comentou Kishida.
Na terça-feira (27), Hamdallah compareceu ao funeral público do ex-premiê Shinzo Abe.
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Kishida e Hamdallah também debateram o envio de alimentos japoneses à Palestina ocupada, equivalente a US$8 milhões, em resposta à degradação das condições na região devido à guerra na Ucrânia, que impôs uma crise global na exportação de trigo e outras commodities.
Ambos discutiram ainda o apoio de Tóquio aos palestinos nativos, sobretudo via a iniciativa do “Corredor de Paz e Prosperidade”.
Cisjordânia e Jerusalém Oriental são territórios ocupados segundo a lei internacional. Todos os assentamentos exclusivamente judaicos na região são, portanto, ilegais.