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EUA impõem novas sanções a petróleo do Irã, afeta empresas chinesas

Petroleiro SC Hong Kong no porto de Bandar Abbas, no sul do Irã, em 2 de julho de 2012 [Atta Kenare/AFP/GettyImages]

Nesta quinta-feira (29), os Estados Unidos impuseram novas sanções contra empresas acusadas de envolvimento com o mercado de petróleo e produtos petroquímicos do Irã, incluindo firmas radicadas na China e na Índia. Segundo a Reuters, a medida tem como objetivo pressionar Teerã a retomar o acordo nuclear assinado em 2015 – revogado três anos depois por Donald Trump.

O Secretário de Estado Antony Blinken confirmou em nota que o governo americano designou duas empresas chinesas – a Zhonggu Armazenagem e Transporte e a WS Shipping – como alvos de sanções, por tentar evadir o embargo à venda de bens iranianos.

Blinken acusou a Zhonggu de manter um depósito destinado ao petróleo cru iraniano, enquanto a WS Shipping gerenciava uma operação de transportes por mar.

As empresas não comentaram as alegações, até então.

O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos também deferiu sanções contra corporações supostamente envolvidas na venda de petróleo e bens petroquímicos iranianos ao sul da Ásia e Extremo Oriente, estimada em centenas de milhões de dólares.

A ação atingiu também acionistas iranianos e firmas de fachada sediadas em Hong Kong, Índia e Emirados Árabes Unidos, confirmou o departamento americano em nota distinta.

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A missão iraniana nas Nações Unidas tampouco comentou as medidas.

Recentemente, Washington escalou sanções a companhias chinesas por permitir a exportação de produtos iranianos, à medida que as possibilidades de retomada do acordo nuclear parecem minguar. Conversas indiretas sobre o pacto internacional permanecem sob impasse.

“Enquanto Teerã negar-se a retornar mutuamente à implementação integral do Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA), os Estados Unidos continuarão a aplicar suas sanções”, advertiu Brian Nelson, subsecretário do Tesouro para o Departamento de Inteligência Financeira e Terrorismo.

A acordo de 2015 prevê redução do enriquecimento de urânio por Teerã a níveis considerados pacíficos, em troca da suspensão de sanções. O atual presidente americano Joe Biden prometeu reverter as medidas de seu antecessor republicano e reaver o acordo. O governo iraniano, sob duras sanções, no entanto, escalou suas atividades atômicas ao longo dos anos.

Neste contexto, corroborou Blinken: “A aplicação de tais ações continuará regularmente com intuito de restringir as exportações petrolíferas e petroquímicas do Irã”. O embargo deve atingir qualquer indivíduo ou corporação que negocie com Teerã, alertou a Casa Branca.

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