O Serviço Penitenciário de Israel submeteu o ativista franco-palestino Salah al-Hammouri a uma série de medidas punitivas após ele lançar uma greve de fome em 25 de setembro, afirmou seu advogado à rede Quds Press.
O advogado de Hammouri conseguiu visitá-lo no domingo (2), na prisão de Hadarim, no norte da Cisjordânia ocupada, onde o ativista de direitos humanos permanece em confinamento solitário sob mandado de “detenção administrativa” – isto é, sem julgamento ou acusação.
Hammouri se mantém em greve de fome sem prazo definido para protestar contra sua prisão arbitrária, junto de outros 29 palestinos sob detenção administrativa. Hammouri somente bebe água e se recusa a ingerir qualquer medicação.
Seu advogado destacou que, três dias após o início de sua greve de fome, autoridades prisionais o transferiram à solitária. Hammouri está agora isolado em uma cela de dois metros quadrados, sem sequer ventilação. Sua cela tem uma grade de ferro que serve como cama e um colchão de dois centímetros de espessura.
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As autoridades também proibiram seu acesso ao pátio, visitas familiares e compra de produtos básicos. Conforme os relatos, Hammouri tem de ir ao banheiro com algemas nos calcanhares e pulsos, em situação humilhante. Hammouri tem dores nas juntas, costas e cabeça.
As forças da ocupação israelense detiveram Hammouri em 7 de março deste ano, com base em uma ordem de detenção administrativa em sigilo de estado, renovada duas vezes desde então. As supostas evidências para prorrogar sua custódia permanecem em “segredo”.