Irã censura polícia dinamarquesa após ataque à embaixada em Copenhague

O Irã censurou a polícia dinamarquesa depois que um agressor com uma faca invadiu a embaixada iraniana em Copenhague e ameaçou o embaixador e outros funcionários, informou a Agência de Notícias Anadolu.

O ministro das Relações Exteriores, Hossein Amir-Abdollahian, falou com o embaixador iraniano na Dinamarca, Afsaneh Nadipoor, após o incidente na sexta-feira. Um comunicado informou que o intruso armado entrou nas instalações da embaixada e começou a ameaçar e intimidar os funcionários e danificar veículos no estacionamento da embaixada.

Isso ocorreu em meio a crescentes protestos em países europeus pela morte de uma iraniana de 22 anos, Mahsa Amini, sob custódia policial no mês passado após sua detenção pela polícia moral do país por uma suposta violação do código de vestimenta.

Nadipoor disse ao ministro das Relações Exteriores iraniano que, “apesar dos avisos oficiais anteriores”, a polícia chegou à embaixada com atraso.

Amir-Abdollahian lamentou que “tal ataque seja lançado no coração da Europa contra uma mulher e embaixadora que goza de imunidade diplomática e a polícia não tenha chegado a tempo”, observou o comunicado.

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Na semana passada, vários manifestantes tentaram invadir a Embaixada do Irã em Oslo, o que resultou em confrontos ferozes entre a polícia local e os manifestantes.

O chefe de Política Externa da UE, Josep Borrell, disse na quinta-feira que o bloco está ponderando sanções ao Irã pela morte de Amini, que foi seguida por um telefonema entre Borrell e Amir-Abdollahian, no qual alertaram contra qualquer movimento “político precipitado”.

Mais tarde na quinta-feira, os legisladores da UE adotaram uma resolução pedindo sanções contra os responsáveis ​​pela morte de Amini, condenando o que chamou de “uso generalizado e desproporcional da força” pelas forças de segurança iranianas contra manifestantes.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Nasser Kanaani, em um comunicado rejeitou a declaração como “intervencionista”, dizendo que os organizadores dos “motins” são de origem europeia.

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