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Emissários da CIA e do Talibã encontram-se no Catar

Zalmay Khalilzad – então enviado especial dos Estados Unidos para o Afeganistão – assina acordo de paz com o fundador do movimento Talibã Abdul Ghani Baradar, em Doha, capital do Catar, 29 de fevereiro de 2020 [Fatih Aktas/Agência Anadolu]

Uma delegação da Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA) encontrou-se com membros do movimento Talibã em Doha, capital do Catar, pela primeira vez desde a execução de Ayman al-Zawahiri, líder do grupo terrorista Al-Qaeda, por uma operação americana, no mês de julho. As informações foram corroboradas pela rede CNN no sábado (8).

David Cohen – vice-diretor da CIA – chefiou a delegação de Washington. Abdul Haq al-Wasa, seu homólogo afegão, encabeçou o grupo oposto.

Segundo fontes, Cohen foi acompanhado por Tom West, enviado especial do Departamento de Estado para o Afeganistão, que manteve contato com o governo do Talibã desde a retirada das tropas americanas da cidade de Cabul, no último ano.

Ambos os lados discutiram a liberação de recursos afegãos congelados pelos Estados Unidos, a soltura de um cidadão americano preso pelo grupo islâmico e medidas de combate a células do grupo terrorista Estado Islâmico (Daesh), que mantêm ataques contra o Talibã.

Recentemente, o Talibã confirmou a apreensão do diretor de cinema Ivor Shearer, durante uma gravação no local onde al-Zawahiri foi morto.

A operação para matá-lo indignou o Talibã, que descreveu o ataque como violação da soberania afegã e do acordo de Doha – que encerrou os 19 anos de guerra e ocupação dos Estados Unidos no país centro-asiático.

Contudo, Washington recorreu a termos de Doha que atribuem ao Talibã responsabilidade por não abrigar terroristas em seu território, ao insistir na urgência de que o grupo islâmico cumpra seus “compromissos”.

LEIA: O assassinato de Ayman al-Zawahiri

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