O uso dos corpos como local de luta e resistência sobrevive como um dos métodos de protesto mais comoventes e controversos. Devido a seu custo tremendo, as greves de fome regularmente provocam reações extremas – de ironia amarga a profunda admiração. Em questão de dias, a degradação física e mental torna-se palpável. Em último caso, a morte.
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Contudo, apesar do altíssimo risco, as greves de fome se converteram em uma tradição longeva na luta dos prisioneiros palestinos, cuja subjetividade revolucionária – segundo Ashan Ajour, em seu estudo recente Reclaiming humanity in Palestinian hunger strikes: Revolutionary subjectivity and decolonizing the body – é exercida através desta ação política desesperada nas cadeias de Israel, não apenas para reaver, mas para preservar sua dignidade e humanidade.
Este livro é finalista do Palestine Book Awards 2022.
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