O Conselho dos Patriarcas e Chefes Eclesiásticos de Jerusalém expressou “profunda apreensão” sobre as intenções do Reino Unido de mover sua embaixada israelense de Tel Aviv a Jerusalém, ao advertir o governo britânico de que a medida “prejudicaria gravemente o princípio de corpus separatum”, o qual designa a cidade ocupada como espaço sagrado igualmente para cristãos, judeus e muçulmanos.
“Observamos com profunda apreensão as falas recentes da nova primeira-ministra britânica Liz Truss, a pedido da organização Conservadores Amigos de Israel, sobre a possiblidade de rever o endereço da embaixada do Reino Unido em Israel, para transferi-la de Tel Aviv a um novo local em Jerusalém”, declarou o conselho em nota.
“O status quo religioso de Jerusalém é fundamental para preservar a harmonia de nossa Cidade Sagrada e as boas relações entre comunidades religiosas ao redor do mundo”, acrescentou.
Conforme o comunicado, a promessa de Truss representa “um maior impedimento a quaisquer avanços ao já moribundo processo de paz”.
Em setembro, durante encontro com seu homólogo israelense Yair Lapid, a ex-chanceler alegou avaliar a relocação da embaixada a Jerusalém ocupada – ao seguir os passos dos Estados Unidos sob a gestão de Donald Trump, em detrimento da lei internacional.
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