Moscou continuará trabalhando com a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), liderada pela Arábia Saudita, e não abrirá mão de sua posição de liderança no mercado global de energia, apesar das sanções ocidentais, disse ontem o presidente russo, Vladimir Putin.
Falando na Semana da Energia da Rússia, Putin acrescentou que Moscou está determinada a manter as taxas de produção e exportação de petróleo em seus níveis atuais até 2025.
O presidente russo elogiou a recente decisão da OPEP+; o grupo de produtores composto pela OPEP e aliados, incluindo a Rússia, de reduzir a produção em dois milhões de barris por dia, a partir de novembro.
As decisões da OPEP+ não visam nenhum lado específico, explicou, mas visam controlar o mercado.
Putin também pediu para não politizar a questão das energias renováveis e acusou a União Europeia de reduzir os investimentos em petróleo e gás, negando a responsabilidade de seu país pelos altos preços da energia na Europa.
Ele disse que a União Europeia continua a promover energia limpa em detrimento do desenvolvimento dos setores de petróleo e gás, observando que Moscou continuará a fornecer gás à Europa através do gasoduto submarino Nord stream 2.
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