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Síria encontra ‘raríssimo’ mosaico romano perto de Homs

Pesquisadores sírios encontram ‘raríssimo’ mosaico romano perto de Homs [@nabumuseum/twitter]

Pesquisadores na Síria encontraram um enorme, quase intacto mosaico datado da era romana, descrito por autoridades como uma das descobertas arqueológicas “mais raras” e importantes desde o advento da guerra civil no país, onze anos atrás.

O mosaico inclui representações romanas de amazonas antigas e cenas da Guerra de Tróia e foi escavado no bastião oposicionista de Rastan, perto de Homs, recapturado por forças do regime de Bashar al-Assad em meados de 2018.

Com 120 metros quadrados, o artefato histórico foi descoberto pela Diretoria Geral de Museus e Antiguidades da Síria em um edifício antigo.

“Diante de nós, está uma descoberta raríssima em escala global”, afirmou Hama Saad – diretor associado de pesquisa arqueológica do órgão público – à rede Associated Press, ao descrever as imagens presentes no mosaico como “ricas em detalhes”.

“Não podemos identificar a função da estrutura em questão, se era um banho público ou outra coisa, porque não terminamos ainda as escavações”, reiterou Saad.

Conforme informações, empresários sírios e libaneses do Museu de Nabu – no estado vizinho – compraram a propriedade e doaram a Damasco.

Sulaf Fawakherji – conhecida atriz na Síria e membro do conselho do Museu de Nabu – afirmou ter esperanças de comprar outros lotes em Rastan, supostamente repletos de itens históricos à espera de serem descobertos.

“Há outros prédios nos arredores e está bastante claro que o mosaico se estende por uma área maior”, insistiu Fawkherji à Associated Press. “Rastan é uma cidade de importância histórica e é possível tornar-se um patrimônio importantíssimo ao setor de turismo”.

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A Síria é replete de marcos históricos, como a Mesquita Omíada de Damasco, o Museu Maarat al-Numan em Idlib e a região de Palmira, também adornada com mosaicos. O país foi designado certa vez como “paraíso dos arqueólogos”; contudo, após anos de guerra, partes do patrimônio foram danificados ou destruídos, incluindo prejuízo irreparável às seis localidades sírias listadas como Patrimônio Mundial da Unesco.

“Lamentavelmente, há grupos armados que tentaram vender os mosaicos em certa ocasião, em meados de 2017, inclusive ao listar seus itens em plataformas das redes sociais”, advertiu Saad.

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