O Egito votou a favor de uma resolução da Organização das Nações Unidas (ONU) para rechaçar a anexação russa das regiões ucranianas de Donetsk, Kherson, Luhansk e Zaporizhzhia. Segundo a resolução, as áreas em questão são consideradas ocupadas por ato de agressão.
A ONU deferiu o texto nesta quarta-feira (12), ao reivindicar de seus estados-membros que não reconheçam terras da Ucrânia como parte da Rússia e pressionar o governo de Vladimir Putin a reverter sua “tentativa ilegal de anexação”.
Cento e quarenta e três países votaram a favor, cinco foram contrários e 35 se abstiveram.
Rússia, Bielorrússia, Síria, Coreia do Norte e Nicarágua votaram “não”; a maioria das abstenções são de países africanos, além de China e Índia.
A princípio, a Rússia pediu ao órgão de 193 membros que conduzisse uma votação secreta sobre a medida. A Assembleia Geral, no entanto, decidiu por uma votação pública.
Moscou realizou referendos para anexar as quatro áreas parcialmente ocupadas pertencentes à Ucrânia. O governo de Volodymyr Zelenskyi e seus aliados globais declararam os avanços como ilegais. Segundo relatos, soldados armados passaram de casa em casa para coagir votos.
No fim de setembro, Estados Unidos e Reino Unido anunciaram novas sanções contra Moscou e restrições de visto contra oficiais do governo, suas famílias, comandantes militares – da Rússia e Bielorrússia – e fornecedores internacionais acusados de alimentar a indústria militar do estado ocupante. A União Europeia confirmou propostas de novas restrições sobre importações russas.
Em março, o Egito também votou em uma resolução da ONU para exigir que o Kremlin recuasse imediatamente do país vizinho, cerca de um mês após a deflagração da guerra.
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