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Advogada egípcia é proibida de viajar para premiação na Itália

A premiada advogada egípcia Mahienour El-Massry foi i proibida de viajar, apesar de ter sidonautorizada há um mês.

Mahienour foi informada sobre a proibiçãor quando estava prestes a viajar para a cerimônia do prêmio Aurora na Itália para a qual foi indicada.

O Prêmio Aurora para o Despertar da Humanidade é concedido anualmente a um indivíduo que “teve um impacto excepcional na preservação da vida humana e no avanço de causas humanitárias”, de acordo com seu site.

Mahienour foi presa durante os protestos de setembro de 2019, tendo sido detida várias vezes antes por seu ativismo. Ela foi libertada em julho de 2021.

A advogada de direitos humanos organiza protestos pacíficos, defende presos políticos em tribunal e organiza eventos de solidariedade com pessoas presas por suas opiniões políticas.

O Egito usa proibições de viagem para atingir membros da sociedade civil. Elas geralmente não são anunciadas formalmente e muitas vezes tem prazo indeterminado, causando um trauma considerável às vítimas.

LEIA: Às vésperas da COP27 no Egito, associação civil pede soltura de presos políticos

Ha famílias separadas, em países diferentes depois que um membro fugiu da prisão e da tortura, e que não se encontra há anos.

Muitas das pessoas visadas com proibições de viagem – políticos, jornalistas, ativistas e advogados – não descobrem que foram sujeitas a uma proibição até chegarem ao aeroporto e serem impedidas de embarcar no voo.

Mahienour já teve seu passaporte confiscado pelos serviços de segurança em 2018, quando voltou de uma conferência de direitos humanos em Praga.

A notícia chega quando as organizações de direitos humanos aumentam a pressão sobre o governo egípcio para libertar prisioneiros políticos antes da COP27, que será realizada na cidade turística de Sharm El-Sheikh, no Mar Vermelho, em novembro, e para parar de cometer violações de direitos humanos.

Há mais de 80 advogados detidos no Egito, incluindo o advogado de direitos humanos Mohamed El-Baqer, que foi preso em setembro de 2019 depois de participar de uma investigação sobre seu amigo, Alaa Abdelfattah.

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