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Arábia Saudita promete US$400 milhões em ajuda humanitária à Ucrânia

Mohammed bin Salman, príncipe herdeiro e governante de facto da Arábia Saudita, em Jeddah, 16 de julho de 2022 [Corte Real da Arábia Saudita/Agência Anadolu]

Mohammed bin Salman, príncipe herdeiro e governante de facto da Arábia Saudita, prometeu enviar US$400 milhões em ajuda humanitária à Ucrânia, informou a imprensa estatal.

Bin Salman manifestou seu compromisso durante um telefonema realizado na semana passada com o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy e afirmou que o socorro proporcionado pela monarquia deve extrapolar o período de guerra, isto é, em favor da reconstrução do país.

Durante a conversa, bin Salman enfatizou o “apoio [saudita] a quaisquer ações que contribuam a uma desescalada na região e prontidão para manter esforços de mediação”.

Zelenskyy agradeceu o governo saudita por sua assistência e por promover uma eventual troca de prisioneiros com a Rússia. “Concordamos em interagir para libertar prisioneiros de guerra”, destacou o presidente ucraniano em sua página do Twitter. “Concordamos em obter uma ajuda macrofinanceira à Ucrânia”.

Zelensky também agradeceu bin Salman por declarar apoio à integridade territorial ucraniana, durante debate recente na Assembleia Geral das Nações Unidas sobre uma resolução contrária à anexação russa de quatro regiões pertencentes à nação vizinha.

A resolução foi ratificada por vasta maioria.

LEIA: As consequências geopolíticas dos cortes de produção da OPEP+

A promessa de Riad ocorre em meio a um novo distanciamento entre o regime saudita e a Casa Branca. O presidente Joe Biden sofre pressão para reavaliar a aliança histórica com a monarquia do Golfo, após a decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e aliados – incluindo a Rússia – de cortar a produção global de insumos combustíveis.

Biden descreveu a decisão de Riad – líder de facto da OPEP – como “ato hostil”. A Arábia Saudita negou as acusações e alegou que o país “não assume lados em qualquer conflito internacional”. Segundo o governo americano, o corte prejudica as sanções impostas à Rússia.

Há especulação de que o socorro a Kyiv tem como intuito mitigar a indignação ocidental sobre os cortes na produção de petróleo, previstos para entrar em vigor no próximo mês.

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