Egito apoia a Arábia Saudita após anúncio de corte de petróleo

O governo egípcio apoiou hoje a explicação da Arábia Saudita sobre o corte da produção de petróleo anunciado pela OPEP+, um movimento que provocou a ira dos Estados Unidos, cujo governo ameaçou Riad com retaliação.

Apoiamos a explicação técnica saudita para a decisão, “pois ela visa manter a disciplina do mercado petrolífero em primeiro lugar”, disse o Ministério das Relações Exteriores egípcio em uma declaração.

A OPEP+ é um grupo de 24 nações produtoras de petróleo formado pelos 13 membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e 10 outros países, incluindo a Rússia.

De acordo com autoridades de Riad, o acordo do fórum para cortar a produção de petróleo em dois milhões de barris a partir de novembro foi adotado apenas por considerações econômicas, mas Washington afirma que tem tons políticos exagerados em apoio à Rússia.

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A decisão veio depois que os preços caíram para US$ 90 por barril em setembro, abaixo dos US$ 120 na primavera.

Mas a administração do Presidente Joe Biden acusou o reino de se alinhar com Moscou, outro grande produtor de petróleo, em meio à crise em curso na Ucrânia, embora o corte tenha sido apoiado unanimemente pelos membros do cartel, incluindo Iraque, Omã, Kuwait, Bahrein, Argélia e outros.

Riad sabe que o corte “aumentará a receita russa e mitigará a eficácia das sanções” contra a nação eurasiática, disse na semana passada o porta-voz da Casa Branca, John Kirby.

Estamos atônitos com as acusações de que estamos do lado da Rússia na guerra da Ucrânia, o tweetou o Ministro da Defesa saudita Khalid bin Salman.

O funcionário declarou que a decisão da OPEP+ “foi tomada por unanimidade” e por “razões puramente econômicas”.

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Publicado originalmente em Prensa Latina

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