Protestos e confrontos entre as forças de segurança e jovens manifestantes tomaram as ruas da Tunísia pela quinta noite consecutiva, após a morte de um rapaz de 17 anos devido a ferimentos causados pela brutalidade policial.
A área dos protestos se dilatou, ao abarcar os bairros de al-Zahrouni, Aqaba, al-Jabal al-Ahmar, al-Zohour, Ibn Khaldun e al-Tadamon, na capital Túnis. Tropas de choque apelaram a bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes.
Apesar da repressão policial, os jovens manifestantes se mantiveram nas ruas e atearam fogo a pneus para realizar barricadas.
Os protestos se deflagraram após a morte de um rapaz de al-Tadamon, três semanas depois de sofrer agressão policial, conforme relatos de testemunhas. O Ministério do Interior, no entanto, negou as violações.
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Faker Bouzghaia, chefe de comunicação do Ministério do Interior, afirmou no domingo (16) que “os relatos de que o jovem falecido, Malik al-Sulaimi, foi submetido a violência por membros do serviço de segurança contêm múltiplas imprecisões”.
“Uma patrulha deteve al-Sulaimi e dois amigos durante um procedimento de rotina; porém, ele tentou fugir, pulou de um muro alto e caiu”, insistiu Bouzghaia. “Todas as medidas necessárias foram tomadas. A Promotoria Pública foi consultada e o rapaz foi transferido a um hospital”.