Forças da ocupação israelense mataram seis palestinos na madrugada desta terça-feira (25), na cidade de Nablus, na Cisjordânia ocupada. Entre os mortos está Wadih al-Houh, um dos líderes do grupo de resistência conhecido como Toca dos Leões.
Segundo o Ministério da Saúde da Autoridade Palestina (AP), cinco palestinos foram mortos por disparos israelenses – uma das vítimas estava desarmada. Os mortos foram identificados como Ali Khaled Antar (26), Mishal Baghdadi (27), Wadee al-Hawah (31), Hamdi Qayyem (30) e Hamdi Mohamed Sharaf (35).
O Crescente Vermelho da Palestina reportou que soldados israelenses impediram suas equipes médicas de evacuarem os feridos locais, durante invasão militar no decorrer da madrugada.
“Israel deve encerrar imediatamente seus crimes”, reafirmou Nabil Abu Rudeineh, porta-voz do Presidente da Autoridade Palestina Mahmoud Abbas. Rudeineh observou que Abbas contactou os Estados Unidos para que “intervenham pelo fim da agressão e da ocupação [de Israel]”.
Israel intensificou seu cerco a Nablus, que já dura 14 dias. Os residentes árabes buscam resistir. Em torno de 450 mil pessoas vivem na cidade e nos seus arredores, incluindo aldeias e campos de refugiados.
LEIA: Palestinos choram e protestam em funeral de médico morto por Israel quando socorria feridos
Em nota, o exército israelense confirmou ter conduzido uma grande operação em Nablus nesta madrugada, ao invadir um “apartamento usado como quartel-general e local para manufatura de explosivos”.
“As forças destruíram o local. Durante a operação, suspeitos armados foram atingidos”, reiterou o comunicado; contudo, sem declarar o número de baixas.
O ano corrente é considerado o mais mortal na Cisjordânia ocupada desde 2015. Ao menos 160 palestinos, sobretudo civis, foram executados pelas tropas israelenses. Outros 1.500 palestinos foram detidos, segundo fontes palestinas.