O novo governo do Reino Unido, liderado pelo premiê conservador Rishi Sunak, descartou nesta quinta-feira (3) a transferência da embaixada britânica em Israel de Tel Aviv a Jerusalém.
As informações são da agência de notícias Anadolu.
A ideia foi aventada pela antecessora de Sunak e ex-chanceler Liz Truss, durante a disputa pela liderança do partido. Truss pediu a seu gabinete para avaliar a medida.
“Está sob análise”, afirmou um porta-voz do governo. “Mas não há planos para transferir nossa embaixada”.
Husam Zomlot – embaixador da Autoridade Palestina (AP) em Londres – agradeceu “o governo, partidos de oposição, líderes religiosos, ativistas e membros do público cujos esforços ajudaram a manter o Reino Unido de acordo com a lei internacional sobre a matéria”.
“A questão sobre a localidade da embaixada do Reino Unido nunca deveria ser posta à mesa em primeiro lugar”, destacou Zomlot. “Há muito trabalho a fazer para criar um ambiente condutivo para a paz no Oriente Médio e para reparar a injustiça histórica da Declaração Balfour”.
Balfour foi um comunicado do chanceler homônimo, emitido há 105 anos, em favor da criação de um estado sionista na Palestina ocupada sob mandato britânico.
“Pedimos ao governo que exerça um papel ativo, reconheça o Estado da Palestina, reafirme seu apoio aos direitos dos refugiados, proíba todos os bens e produtos dos assentamentos [ilegais] nos territórios ocupados e sancione empresas que trabalhem ou lucrem com eles”.
Em outubro, líderes cristãos de Jerusalém expressaram receios sobre os planos de Londres para relocar a missão diplomática de Tel Aviv à cidade ocupada. Em nota, o Conselho dos Patriarcas expressou “grave preocupação” sobre as promessas de Truss.
Jerusalém permanece como epicentro do conflito israelo-palestino. Os árabes nativos esperam que Jerusalém Oriental seja consagrada como a capital de seu futuro estado.
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